No início do século XX a sociedade portuguesa está em profunda crise política e moral, uma República confusa e com restos de uma monarquia podre. Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro reinventam a língua, o modo de dizer, pagando os riscos da sua aventura. Um rebenta a solidão no fogo dos heterónimos que lhe permitem prolongar a existência; o outro despedaça o corpo e a própria vida na vertigem dispersa de poemas e novelas. A história desse encontro, os textos, a amizade e a morte.